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Retratos de Poetas

Fundação Calouste Gulbenkian/Acarte, 1998 [Minolta SRT 101; 35-70; 3X Kodak; P&B; provas 30X40]

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O retrato permanece a única eternidade possível

Esta colecção, infelizmente incompleta, de fotografias de poetas portugueses foi realizada entre Julho de 1997 e Julho de 1998. Um ano de telefonemas, cartas, deslocações e contactos com amigos e desconhecidos, na aventura singular de percorrer territórios quase sempre ignorados à partida, usando a câmara, sem tripé nem flash, numa espécie de «portrait-vérité». Acomodei-me às circunstâncias do espaço e do tempo, da disponibilidade dos retratados e da luz ambiente, num jogo de improvisação.

Agrada-me o retrato, agrada-me marcar uma identidade na película, no papel ou na parede. Ao retratar, cria-se uma cumplicidade entre o fotógrafo e o fotografado, desenvolve-se um jogo de espelhos, de olhares directos e indirectos, uma confiança recíproca. Retratar é uma maneira de comunicar, de conhecer outrem. O modelo desloca-se, muda de expressão, interroga a sua própria imagem, torna-se actor.
O retrato, lugar de verdades e mentiras, é uma paragem sobre a imagem, sobre o espaço e o tempo, que se prolongam e permanecem na magia da fotografia.
Como conheceríamos Alfred de Vigny, Victor Hugo, Alfred de Musset ou Charles Baudelaire, sem a objectiva de Félix Nadar?
O retrato é o tempo roubado ao tempo, entre o silêncio e a imagem. Um desejo de fazer durar o tempo e de lutar contra a morte.

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